Os Efeitos do Álcool na Sociedade e no Espírito Imortal

Os Efeitos do Álcool na Sociedade e no Espírito Imortal

 

 

O álcool, do árabe al-kuhl (essência) é uma das drogas mais antigas da Humanidade.

 

Inicialmente se acreditava que teria surgido em 6000 a.C., no Egito, onde foram encontradas ruínas de uma fábrica de cerveja.

 

Porém, recentemente, pesquisadores descobriram vestígios de uva apodrecida em locais habitados por homens pré-históricos, a qual tinha em torno de 5% de teor alcoólico, demonstrando que o seu consumo é ancestral.

 

No início, a utilização de bebidas alcoólicas pelas sociedades estava muito ligada à prática religiosa, pois acreditava-se que elas facilitavam o contato com os deuses. Ainda hoje, de forma diferenciada, o álcool serve de símbolo para muitas religiões. Outro sentido para o uso de alcoólicos era a sua utilização tanto como dissipador de preocupações e dor quanto como elemento abortivo.

 

Com a Revolução Industrial, foram desenvolvidas bebidas destiladas como o uísque (usquebaugh – água da vida), as quais possuem um teor extremamente alto, gerando inúmeros malefícios ao corpo humano.

 

Acompanhando a Revolução Industrial, as bebidas fermentadas também passaram a conter um grau etílico maior, aumentando o número de dependentes em álcool.

 

O alcoolismo decorre do uso prolongado, geralmente entre 20 e 25 anos, de substâncias alcoólicas.Nesta fase, o hábito de consumir a bebida já está relacionado ao ritmo de vida do indivíduo, sendo muito difícil convencê-lo a parar de ingeri-la.

 

HISTÓRICO DE UM ALCOOLISTA

 

EVENTO                  –              IDADE

1º DRINK                                  12-14

1ª INTOXICAÇÃO                   14-18

1º PROBLEMA LEVE              18-25

1º PROBLEMA GRAVE          23-33

INÍCIO DO TRATAMENTO    40

MORTE                                        55-60

(Fonte: Palestra realizada pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande – Centro Regional de Estudos, Recuperação e Prevenção de Dependentes Químicos)

 

Efeitos no cérebro

 

Acreditar que o álcool é somente um estimulante é um grande engano. Ele, num primeiro momento, ao agir diretamente no lobo frontal do cérebro, desinibe o indivíduo, modificando sobremaneira seu comportamento social, mas sua principal característica é provocar a depressão. Seus efeitos podem ser observados em três

 

fases:

 

Na primeira, o indivíduo, via de regra, perde seu senso moral, seus medos e inibições, passando a se comportar conforme pendores íntimos que estavam reprimidos por medo das Leis do Estado e pelos costumes vigentes no grupo social em que se relaciona. Se tinha comportamento tímido, passa a se soltar, principalmente em relação ao sexo oposto. Se era quieto, torna-se loquaz.

 

Na segunda, podem ocorrer falta de coordenação motora, descontrole dos reflexos, descontrole emocional e agressividade. Isto explica a mudança brusca de comportamento, visualizada geralmente quando ocorrem atos de violência após o consumo de bebidas alcoólicas. Muitos pais de família, que fazem uso de alcoólicos, ao retornarem ao lar acabam por extravasar seus pendores de violência na esposa e nos filhos.

 

A terceira é caracterizada pela depressão, condição em que o indivíduo reclama de tudo e de todos, da vida, do salário, e normalmente extravasa suas angústias por meio de lágrimas. Ocorrem também problemas digestivos como: vômitos, diarreias, dores de cabeça, sono, mal-estar geral, coma etc. Esta fase é mais perigosa, pois a depressão alcoólica pode levar ao suicídio, principalmente em alcoolistas que, ao retornarem à realidade, percebem que não conseguiram ficar sem a bebida.

Este sentimento de fracasso é agente impulsionador do comportamento suicida

 

A dependência

 

Denomina-se alcoolismo a dependência à bebida alcoólica, caracterizada pelo consumo compulsivo de álcool, com progressiva tolerância à intoxicação produzida pela droga e desenvolvimento de sintomas de abstinência, quando o consumo é interrompido. Os sintomas mais comuns no caso de uma crise de abstinência são sudorese, aceleração cardíaca, insônia, náuseas e vômitos. Num estado mais avançado, ela se caracteriza como delirium tremens, causando confusão mental, alucinações e convulsões.

 

Inicialmente, o alcoolista era discriminado, sendo tratado como um ser de personalidade fraca.

 

Mas, com o avanço da Ciência e dos tratamentos, chegou-se à conclusão de que o alcoolismo é uma doença, potencialmente forte e destruidora do caráter do indivíduo, que faz de tudo para ter satisfeita a sua vontade de beber: mente, rouba, trai, seduz.

 

O alcoolismo gera deterioração psicológica e física. O indivíduo, aos poucos, pela perda dos neurônios, tem sua capacidade mental reduzida, descuida-se da sua apresentação, torna-se impontual e tem a concentração nas atividades corriqueiras limitada.

 

Para esta doença não há cura, o que existe é um tratamento ininterrupto, a fim de que jamais ocorra novamente o consumo, sob risco de retornar todo o prazer em sorver os alcoólicos, colocando a perder todo o tratamento já realizado.

 

O álcool e a sociedade

 

Impulsionado pelos costumes sociais, pela tradição das festas e comemorações múltiplas, o homem não se dá conta de que o álcool é um dos maiores males que existem na face da Terra. É agente impulsionador da violência, possui inúmeras doenças atreladas ao seu uso abusivo, e está entranhado em quase todas as ocasiões em que um grupo humano se reúne, como se fosse impossível conversar, trocar ideias, tomar decisões na vida particular ou em sociedade, sem estar com um copo na mão.

 

Aliado ao baixo custo de produção, tornando-o uma droga acessível a qualquer grupo social, e às políticas de governo pouco eficazes no combate ao seu consumo indiscriminado, ele se torna um verdadeiro destruidor de vidas, de carreiras e da sociedade.

 

Considerações

 

Se o indivíduo bebe uma vez por semana, é um bebedor social; se de três a quatro vezes, é um bebedor excessivo; mas se bebe todos os dias, é considerado bebedor dependente. Nem todo bebedor social vai ser um bebedor dependente, porém todo dependente, um dia, já foi bebedor social. Na fase da dependência, ele dificilmente sairá sem ajuda; é preciso solicitar auxílio a parentes, amigos e especialistas.

 

A maior dificuldade de se combater o uso abusivo de alcoólicos está em ser o álcool uma droga socialmente aceita. A maioria das pessoas tem o seu primeiro contato com o álcool dentro do próprio lar.

 

Fonte: Espiritismo na Rede

Bibliografia:

www.sebemnet.org.br; por Roberto Carlos Fonseca.

Inteligência. Qual o tamanho da sua? Revista Superinteressante, ano 22, n. 8, ago. 2008. São Paulo: Editora Abril S/A.

Palestra realizada pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande – Centro Regional de Estudos, Recuperação e Prevenção de Dependentes Químicos.

SANTOS, Rosa Maria Silvestre. “A prevenção de drogas à luz da ciência e da doutrina espírita – Reflexões para jovens e educadores”. Apostila.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Secretaria Nacional Antidrogas. Prevenção ao uso indevido de drogas: Curso de Capacitação para Conselheiros Municipais. Brasília: 2008.

Sites pesquisados: a href=”http://www.senad.gov.br>”>www.senad.gov.br>;; a href=”http://www.cebrid.epm.br>”>www.cebrid.epm.br>;. VILELLA, Ana Luisa Miranda. “Drogas”. Apostila.

1 FRANCO, Divaldo P. Após a tempestade. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 8. ed. Salvador (BA): LEAL, 1985. Cap. 9, Viciação alcoólica, p. 49.

2 Idem. Nas fronteiras da loucura. Pelo Espírito Manoel P. de Miranda. Salvador, BA: LEAL, 1982.Cap. 11, Efeitos das drogas,p. 88.

Romeu Leonilo Wagner

 

DA REDAÇÃO:

Se você é Espírita, qual é a sua posição sobre o uso de drogas em quaisquer circunstâncias? Será o álcool uma exceção dentre as demais drogas?

O estudo sério do Espiritismo é essencial para o nosso esclarecimento, mas somente teoria é insuficiente para o nosso progresso moral, objetivo maior de nossa atual encarnação na terra.

Se ainda deixamos que nossos interesses pessoais interfiram em nosso comportamento social, sendo permissivos e coadunando com idéias que alimentam uma herança cultural altamente corrosiva na essência moral da humanidade, isso ocorre em razão da nossa fragilidade moral e falta de coragem para uma tomada de atitude adequada, em vista de uma pobre assimilação do nosso aprendizado, o qual, parece permanecer ainda abandonado nas prateleiras do conhecimento, sem ser utilizado para as devidas correções de comportamento perante uma sociedade viciada, com a qual, sabemos que temos grandes compromissos.

Sozinhos somos apenas um ponto de vista, mas juntos, podemos formar uma opinião com base nos ensinamentos do Cristo, Jesus, que certamente não nos ensinou a alimentar ideias que possam servir de alimento venenoso para o caráter humano e prejudicar a sociedade em sua saúde física e mental.

Pensemos nisso…

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